CAMARA DOS DEPUTADOS – Programa de crédito para micro e pequenas empresas é aprovado pela Câmara dos Deputados com prioridade para mulheres negras.

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (28) um projeto de lei que visa beneficiar micro e pequenas empresas, assim como permitir o investimento em projetos de desenvolvimento sustentável com proteção cambial. O projeto, de autoria do deputado José Guimarães (PT-CE) e outros, tem o mesmo conteúdo de uma Medida Provisória anterior e inclui a criação de um mercado secundário de títulos imobiliários através da Emgea.

O relator do projeto, deputado Doutor Luizinho (PP-RJ), também propôs a reabertura de prazo para quitação ou parcelamento de diferentes tipos de dívida rural. Além disso, foi criado o Procred 360, um programa para conceder garantias em empréstimos tomados por microempreendedores individuais (MEI) e micro e pequenas empresas.

O projeto também contempla adaptações no Pronampe, programa de apoio às micro e pequenas empresas, para estimular o empréstimo a mulheres. Empresas lideradas por mulheres terão um limite maior de contratação proporcional à receita do ano anterior. O projeto também inclui empresas com mulheres como sócias majoritárias ou sócias-administradoras.

Outra questão abordada no projeto é o Programa Acredita no Primeiro Passo, que visa ajudar famílias em situação de vulnerabilidade socioeconômica através de empréstimos para a montagem de pequenos negócios. Mulheres, jovens, negros e membros de populações tradicionais e ribeirinhas têm prioridade nesse programa.

Além disso, o projeto contempla a renegociação de dívidas e benefícios fiscais para instituições financeiras que concederem empréstimos em troca da renegociação das dívidas de micro e pequenas empresas. O texto também trata de crédito imobiliário, permitindo à Emgea entrar no mercado secundário de crédito imobiliário.

Apesar das medidas positivas, o projeto levanta preocupações, como a falta de regulação para restringir a alavancagem do mecanismo proposto e a possibilidade de conflitos com a lei de securitização. No entanto, o relator incluiu dispositivos para garantir que a Emgea siga as melhores práticas de mercado, como a criação de comitês de auditoria e risco, além da publicação regular de relatórios de atividades e da adoção de uma política de transparência.

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