A convocação de Lincoln ocorre após a aprovação de oito requerimentos por parte do colegiado, que visa esclarecer as supostas irregularidades relacionadas à Operação Sem Desconto, iniciada em abril deste ano. Essa operação, conduzida pela Polícia Federal, investiga descontos indevidos em benefícios do INSS entre os anos de 2019 e 2024, com a CBPA figurando como uma das entidades envolvidas no esquema. Além disso, tanto a confederação quanto o presidente tiveram seus bens bloqueados, conforme determinação da Advocacia-Geral da União.
Durante a audiência, que será interativa, haverá a possibilidade de cidadãos enviarem perguntas para a comissão. As informações já disponíveis indicam que a CPMI aprovou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Abraão Lincoln, e também solicitou ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) o envio de um Relatório de Inteligência Financeira (RIF) a respeito de sua atuação.
O senador Izalci Lucas, representante do PL-DF e um dos proponentes da convocação, afirmou que a CBPA é uma das principais entidades responsáveis pela arquitetura criminosa revelada pela operação, cujo impacto financeiro é estimado em cerca de R$ 221,8 milhões. Esse montante, segundo o senador, foi subtraído de forma recorrente dos benefícios de aposentados e pensionistas, evidenciando a gravidade do esquema investigado.
Adicionalmente, o nome de Abraão Lincoln já havia surgido em questionamentos feitos pelo relator da CPMI, o deputado Alfredo Gaspar, que ouviu outros convocados para elucidar a situação. A expectativa é de que o depoimento do presidente da CBPA traga à tona informações relevantes para o avanço das investigações sobre esse polêmico esquema de fraudes.
 
  
 








