Cajado informou que os líderes de cada partido se reunirão com suas respectivas bancadas para apresentar a proposta, que está prevista para ser votada ainda hoje. Um dos pontos centrais da PEC é que, para abrir um processo contra deputados ou senadores, será necessária a autorização prévia da Câmara ou do Senado. Isso significa que, a partir da expedição do diploma, os parlamentares não poderão ser presos, exceto em casos de flagrante de crime inafiançável, e não poderão ser processados criminalmente sem a anuência de suas casas legislativas.
Em suas declarações, Cajado frisou que a PEC não deve ser interpretada como uma licença para abusos, mas sim como um “escudo” que protegerá o exercício pleno do mandato. Para ele, essa medida é essencial para garantir que os parlamentares atuem em nome da soberania popular, sem receios de perseguições políticas relacionadas às suas manifestações e decisões.
Adicionalmente, o relator introduziu uma nova disposição que abrange os presidentes dos partidos políticos com representação no Congresso Nacional, garantindo a eles o foro privilegiado. Isso significa que esses dirigentes poderão ser processados e julgados apenas pelo Supremo Tribunal Federal, em conformidade com as normas estabelecidas. Cajado ressaltou que essa mudança é pertinente, já que esses líderes têm um papel ativo na política e complementam as funções públicas, recebendo assim uma proteção similar à dos atuais detentores de foro privilegiado, como presidentes e membros do Congresso.
Com essas alterações, a PEC se apresenta como um movimento significativo dentro do marco legislativo, buscando dar maior segurança e previsibilidade aos parlamentares, além de almejar uma estrutura mais clara em relação às prerrogativas e responsabilidades no sistema político brasileiro.