O senador Efraim Filho (União-PB) criticou a tributação da folha de pagamentos e afirmou que os setores afetados já começaram a sentir os impactos das medidas. “São setores que já começaram a puxar o freio, a suspender novos negócios, a criação de novas filiais ou a ampliação das estruturas”, disse.
Diante disso, o único caminho apontado pelo Congresso é derrubar o veto. O deputado Domingos Sávio (PL-MG) destacou que o fim da desoneração terá impactos imediatos nas empresas, afetando diretamente a manutenção dos empregos em setores como a construção civil, vestuário e calçados.
O deputado Lucas Redecker (PSDB-RS) também expressou insatisfação com a postura do governo, afirmando que houve ausência de diálogo durante as discussões da proposta na Câmara e no Senado. “São setores que não puderam se programar para o ano que vem”, criticou.
Por sua vez, o líder do governo, Randolfe Rodrigues, afirmou que o Executivo reconhece a maioria formada para a derrubada do veto tanto na Câmara quanto no Senado. No entanto, ele ressaltou que os parlamentares cobram responsabilidade fiscal, mas “fecharam os olhos” para o custo de R$ 20 bilhões da desoneração. “Essa medida não resolve o desemprego, traz impacto fiscal para a União e não beneficia todos os setores da economia”, argumentou.
Ele ainda defendeu que há estudos apontando que a desoneração da folha não gerou empregos novos, contrariando as justificativas dos parlamentares que defendem a prorrogação da medida.
A reportagem contou com a colaboração de Carol Siqueira na apuração e Geórgia Moraes na edição. Fique por dentro do desdobramento desse assunto nas próximas edições.