Durante o encontro, os parlamentares destacaram dois principais obstáculos que dificultam as políticas públicas de combate à insegurança alimentar: as políticas inadequadas de redistribuição de renda e o agravamento de conflitos geopolíticos. A presidente do Parlamento do Mercosul, Fabiana Martín, alertou sobre a previsão de que 670 milhões de pessoas continuarão enfrentando a crise alimentar na próxima década se não forem adotadas medidas efetivas.
Martín ressaltou que a fome e a segurança alimentar são reflexo de decisões políticas e que o mundo tem capacidade de produzir alimentos suficientes para toda a população, porém a má distribuição e a desigualdade perpetuam a situação atual. Destacou ainda a criação da frente parlamentar contra a fome, que reúne mais de 500 legisladores dos países sul-americanos em um esforço conjunto.
Outros líderes parlamentares também fizeram intervenções importantes durante o evento. O presidente da Casa dos Comuns, Lindsay Hoyle, citou as guerras como fatores que contribuem para o aumento da fome e da miséria, ressaltando a necessidade de cooperação entre os parlamentos e fóruns multilaterais para encontrar soluções.
O presidente do Senado indiano, Shri Harivansh, destacou as políticas de transferência de renda como medidas eficazes no combate à pobreza em seu país, retirando milhões de pessoas da condição de miséria. A Índia também priorizou a nutrição e a educação, visando quebrar o ciclo de fome e desigualdade.
No geral, a primeira sessão de trabalho do P20 foi marcada por discursos engajados dos parlamentares em busca de soluções eficazes para combater a fome, a pobreza e a desigualdade, ressaltando a importância do papel dos parlamentos nesse processo. As discussões mostraram a necessidade de cooperação internacional e políticas públicas eficientes para enfrentar os desafios globais relacionados à segurança alimentar.