A Carta de Alagoas, resultado da 1ª Reunião das Mulheres Parlamentares do P20, realizada em julho na cidade de Maceió (AL), foi o centro das discussões. O documento visa aumentar a participação das mulheres nas decisões políticas, combater a crise climática e promover a igualdade econômica e produtiva. Entre as recomendações estabelecidas na carta, destaca-se a urgência de os Legislativos dos países integrantes do G20 seguirem tais diretrizes.
A presidente do Parlamento do Mercosul (Parlasul), Fabiana Martín, ressaltou a importância das políticas de empoderamento da mulher como um tema-chave para a emancipação feminina. Ela citou o exemplo da Argentina, que obteve 45% de assentos na Câmara dos Deputados ocupados por mulheres, e do Brasil, que alcançou um crescimento de 18% de representatividade feminina nas últimas eleições.
Além disso, outras parlamentares presentes no evento também defenderam a adoção de cotas de gênero para ampliar os espaços políticos. Blanca Margarita Ovelar de Duarte, presidente do ParlAmericas, destacou a importância das cotas de gênero em seu país, o Paraguai. Já a parlamentar portuguesa Patrícia Faro enfatizou a necessidade de medidas especiais para favorecer a igualdade de gênero.
No contexto brasileiro, a procuradora da Mulher da Câmara dos Deputados, deputada Soraya Santos, ressaltou os resultados das políticas de equiparação de gênero nas eleições municipais. Ela destacou a mudança qualitativa no eleitorado, que demonstrou uma maior participação feminina em cargos políticos.
Em meio às discussões, a necessidade de avançar na promoção da igualdade de gênero foi reconhecida por diversas autoridades presentes no evento. Medidas como a licença-maternidade de 12 meses e a permissão para congressistas levarem seus filhos ao trabalho foram citadas como exemplos positivos a serem seguidos para promover a equidade de gênero no cenário político.
Em resumo, a implementação de leis de paridade de gênero se mostrou como um caminho fundamental para fortalecer a presença das mulheres em espaços decisórios e impulsionar o empoderamento político feminino. A discussão sobre a equidade de gênero e a promoção da diversidade continuam sendo pautas importantes para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.