O deputado Kim Kataguiri, do partido União de São Paulo, destacou a importância da intervenção federal para garantir a ordem e a segurança no território nacional. Kataguiri afirmou que a verdadeira soberania se estabelece através do controle efetivo do espaço nacional e da aplicação das leis. Ele criticou a postura do governo federal, insinuando que os interesses do poder central parecem ignorar a gravidade da situação provocada pelas facções criminosas.
Paralelamente, o deputado General Pazuello, representante do PL do Rio de Janeiro, ressaltou a urgência de ações decisivas contra o crime organizado. Para ele, a presença de organizações de narcoterrorismo em áreas significativas do estado tornou a intervenção policial imprescindível. O general evidenciou a subjugação das comunidades e a obstrução dos serviços públicos pela ação das facções, advertindo que a omissão poderia levar o estado a um cenário de narcoestado dominado por terroristas.
Outra voz crítica foi a do deputado Cabo Gilberto Silva, vice-líder da oposição, que se opôs à decisão do Supremo Tribunal Federal que limitou as operações policiais nas favelas. Silva apontou que essa medida, em sua visão, é um fator que contribuiu para o fortalecimento do tráfico de drogas. Ele argumentou que a Constituição já define claramente o papel das polícias, e que a ação do STF pode ser caracterizada como ilegal e inconstitucional.
Além disso, Guilherme Derrite, atual secretário de Segurança Pública de São Paulo e deputado federal licenciado, anunciou que tomará a frente de um projeto de lei que visa classificar facções criminosas como organizações terroristas. Segundo Derrite, o novo projeto, que será pautado na Câmara, estabelece uma resposta mais severa a crimes como a obstrução das forças policiais e o uso de armamento pesado por essas organizações. O parlamentar enfatizou a necessidade de uma atualização nas leis para acompanhar a complexidade do crime organizado, advertindo que, sem essas mudanças, o domínio do crime nas áreas urbanas poderá se intensificar.
A discussão em torno das operações policiais e suas implicações legais continua a polarizar o debate político, evidenciando a complexa relação entre segurança pública e direitos civis no Brasil.









