Para viabilizar essa iniciativa, o governo federal já destinou um investimento inicial de R$ 1 milhão, com a expectativa de que esse montante alcance R$ 6 milhões até o final de 2026. Araújo destacou a importância da intersetorialidade ao abordar a saúde das pessoas com deficiência, afirmando que essa parceria poderá transformar o cenário do esporte paralímpico no Brasil. “Achar talentos será um dos frutos dessa mudança. Pessoas com deficiência terão acesso à prática esportiva no SUS”, afirmou.
O secretário revelou que a meta inicial é a inclusão do paradesporto em pelo menos 10% dos CER já existentes em todo o país. Além disso, 53 novas unidades estão sendo construídas com recursos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e todas contarão com quadras poliesportivas adaptadas.
Em uma abordagem abrangente, o Ministério do Esporte também planeja implementar programas voltados para incentivar a atividade física em crianças, como o “Semear”, que começa a partir dos seis anos, além do “TEAtivo”, voltado para jovens com transtorno do espectro autista. Arthur Medeiros, coordenador da área no Ministério da Saúde, enfatizou a inclusão dos profissionais de educação física como essenciais para a validade dos centros, corroborando a importância da prática esportiva.
Essas iniciativas fazem parte do novo Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, denominado “Viver sem Limite”, que é coordenado pelo Ministério dos Direitos Humanos. O governo busca ainda captar recursos adicionais através do Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência.
Na audiência, o deputado Douglas Viegas (União-SP) expressou seu apoio por meio de emendas ao Orçamento da União, reforçando a visão de que saúde e esporte estão interligados. Ele destacou a importância da destinação de recursos para apoiar o desenvolvimento esportivo em todo o Brasil, delineando sua proposta de emenda constitucional que visa alocar parte dos recursos das emendas parlamentares para o esporte.
Vale enfatizar que, segundo o último censo, cerca de 8,9% da população brasileira, o que representa aproximadamente 18,6 milhões de pessoas, possui algum tipo de deficiência. O Ministério do Esporte revelou que, atualmente, 75% dos municípios brasileiros carecem de ações voltadas para essa população. Com um orçamento de R$ 37,6 milhões para 2025, a Secretaria Nacional de Paradesporto se compromete a democratizar o acesso à atividade física e ao esporte, promovendo uma vida saudável, inclusão social e cidadania plena.
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