CAMARA DOS DEPUTADOS – Na terça-feira, a CPI das Pirâmides Financeiras ouviu o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho em depoimento importante para as investigações.

No dia 18 de agosto de 2023, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras reuniu-se para ouvir representantes da empresa 18K. Dentre esses representantes estava o ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho, fundador e sócio-proprietário da empresa.

A empresa 18K afirmava trabalhar com trading e arbitragem de criptomoedas, prometendo rendimentos de até 2% ao dia para seus clientes. No entanto, Ronaldinho afirmou que sua imagem foi usada indevidamente e que também teria sido lesado pela empresa. É importante ressaltar que Ronaldinho já foi réu em uma ação que requeria R$ 300 milhões por prejuízos a investidores em 2020.

Além disso, a CPI também ouviu o presidente do Santos Futebol Clube, André Rueda, devido ao patrocínio do clube pela empresa de cassino e apostas online Blaze, acusada de fraude. O deputado Gutemberg Reis solicitou informações sobre os representantes da plataforma Blaze no país e pediu ao Santos que entregasse o contrato de patrocínio assinado com a empresa.

A audiência ocorreu no plenário 9 e começou às 14h30. Vale destacar que a CPI já ouviu anteriormente sócios da empresa MSK Operações e Investimentos, que foram acusados de lesar cerca de 4.000 clientes que investiram em criptomoedas. A empresa afirmou que foi surpreendida com um desfalque financeiro realizado por um de seus funcionários.

Por outro lado, os depoimentos dos artistas que fizeram publicidade para a Atlas Quantum, empresa que utilizava bitcoins em suas operações financeiras e lesou clientes em R$ 2 bilhões, não puderam ser ouvidos devido a um habeas corpus concedido a eles.

Especialistas também foram ouvidos pela CPI e concordaram que a tecnologia das criptomoedas não é o problema, mas sim a desinformação associada a elas, que acaba possibilitando a prática de crimes como as pirâmides financeiras.

A CPI das Pirâmides Financeiras foi instalada em junho e tem um prazo de 120 dias para concluir seus trabalhos, podendo ser prorrogada por mais 60 dias caso haja requerimento assinado por 1/3 dos deputados.

Segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), no total, 11 empresas realizaram fraudes utilizando moedas digitais, divulgando informações falsas e prometendo rentabilidade alta para atrair vítimas e manter o esquema de pirâmide.

(Fonte: Camara Legislativa)

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