Desde 2003, o recorde de mulheres presidentes de comissões permanentes foi de sete em 2021, representando 28% do total. Em 2022, apenas duas mulheres ocupavam esse cargo, número que subiu para cinco em 2023 com o aumento do número de comissões na Casa. Em 2024, o percentual se manteve, chegando a 20% em 2025, quando ocorreu a eleição de mais uma mulher para presidir uma comissão.
A deputada Benedita da Silva ressaltou que as mulheres desejam ocupar mais postos de decisão e discutir não apenas questões ligadas aos direitos femininos, mas também temas relacionados à economia, ao social e ao racial. Ela destacou o desejo de presidir a Comissão de Constituição e Justiça e a de Finanças, visando ampliar a representatividade feminina em áreas estratégicas do Legislativo.
Outras mulheres também se destacaram nas eleições para presidência de comissões, como Elcione Barbalho (MDB-PA), que estará à frente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável durante a COP30 em Belém. Além disso, Laura Carneiro (PSD-RJ) presidirá a Comissão de Esporte pela primeira vez, e Célia Xakriabá (Psol-MG) será a primeira mulher indígena a comandar a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher.
Essas eleições representam avanços importantes na busca pela igualdade de gênero e pela diversidade na política brasileira. A representatividade feminina nas comissões permanentes mostra que as mulheres estão conquistando cada vez mais espaço de liderança e poder de decisão no cenário político nacional.