CAMARA DOS DEPUTADOS – Mulheres no Parlamento podem fortalecer políticas contra mudanças climáticas, aponta presidente da UIP em reunião do G20.

Na última semana, parlamentares de países do G20 se reuniram para discutir a importância da participação das mulheres nas decisões relacionadas à crise climática mundial. A presidente da União Interparlamentar (UIP), Tulia Ackson, enfatizou que as mulheres são um dos grupos mais afetados por desastres ambientais e que é fundamental incluí-las nas discussões e políticas relacionadas ao tema.

Durante a sessão de trabalho do Fórum Parlamentar do G20, foi abordada a importância da paridade de gênero na política e como a presença de mais mulheres no Parlamento pode levar a políticas mais robustas para enfrentar as mudanças climáticas. Ackson destacou que as mulheres são particularmente vulneráveis aos efeitos da crise climática, e que é essencial considerar suas necessidades e realidades na elaboração de estratégias de mitigação e adaptação.

A deputada Benedita da Silva, secretária da Mulher e coordenadora da bancada feminina na Câmara, ressaltou que as mulheres são as mais afetadas por desastres climáticos, como enchentes, secas e incêndios. Ela destacou a importância do papel das mulheres na garantia da segurança alimentar e no cuidado com as famílias e vizinhos em situações de emergência.

Além disso, a senadora Leila Barros, líder da bancada feminina no Senado, enfatizou a necessidade de direcionar investimentos para políticas climáticas sensíveis ao gênero e valorizar o trabalho não remunerado de cuidados prestado principalmente pelas mulheres. Ela destacou a importância de incluir as mulheres, negras e indígenas nos espaços de decisão climática e implementar medidas que promovam a segurança econômica desses grupos.

No cenário internacional, parlamentares de diversos países, como Rússia, Portugal, Índia e África do Sul, compartilharam suas prioridades e iniciativas para enfrentar a crise climática, incluindo a busca por energia verde, a promoção da justiça climática e a garantia da equidade na tomada de decisões políticas.

Diante desses debates e propostas, fica evidente a importância de uma abordagem inclusiva e sensível ao gênero na formulação de políticas climáticas, visando garantir a proteção dos direitos das mulheres e a construção de um futuro sustentável para todos.

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