CAMARA DOS DEPUTADOS – Mudança na Nomenclatura das Guardas Municipais Avança com Proposta que Reclassifica Órgãos de Segurança Pública na Constituição Brasileira.



Em uma proposta que pode transformar o cenário da segurança pública em nível municipal, o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) apresentou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37/22, que visa incluir as guardas municipais e os agentes de trânsito no rol dos órgãos de segurança pública reconhecidos pela Constituição Federal. Esta iniciativa representa um passo significativo para o reconhecimento das funções desempenhadas por esses profissionais, que têm um papel vital na manutenção da ordem e segurança nas comunidades.

Com a aprovação da PEC, os municípios ganhariam a autonomia para criar suas próprias guardas ou polícias municipais. Estas forças teriam a responsabilidade de proteger bens, serviços e instalações públicas, além de realizar o policiamento ostensivo nas comunidades e atuar em colaboração com outras entidades de segurança pública. Atualmente, as forças que são oficialmente reconhecidas como órgãos de segurança pública incluem a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, polícias civis, entre outras. A inclusão das guardas municipais nesse contexto ampliaria significativamente o escopo de atuação das cidades.

Além da definição das funções, a proposta também trata da mudança na nomenclatura das guardas. Municípios interessados em adotar um título diferente podem optar por “polícia municipal”, “guarda civil” ou outros termos correlatos, conforme a necessidade local. Essa mudança teria que ser regulamentada por lei municipal, enfatizando a importância da participação da população e dos gestores públicos na definição da segurança em seus territórios.

Para garantir a qualidade na formação destes novos profissionais, a PEC propõe que a selecção de pessoal para as guardas que mudarem de nome seja feita exclusivamente por meio de concurso público. Essa medida busca assegurar que o quadro de servidores seja composto por indivíduos capacitados, comprometendo-se assim com a efetividade da segurança pública nas comunidades.

O próximo passo para a PEC 37/22 será a avaliação por parte da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, que analisará sua legalidade e constitucionalidade. Se aprovada nesta fase, a proposta seguirá para uma comissão especial antes de ser submetida à votação em dois turnos no Plenário, dando um passo crucial rumo à evolução das políticas de segurança pública no Brasil.

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