Durante sua apresentação, Padilha destacou que o programa é composto por dez ações estratégicas, incluindo o credenciamento de instituições privadas e uma proposta inovadora de compensar hospitais e planos de saúde com atendimentos ao público, em troca de dívidas significativas que eles mantêm com a União. O ministro informou que as dívidas dos hospitais filantrópicos com a União totalizam impressionantes R$ 80 bilhões, com os planos de saúde devendo mais R$ 9 bilhões referentes a serviços prestados pelo SUS para seus clientes.
“Se essas dívidas forem pagas um dia, o dinheiro não irá para a saúde”, alertou Padilha, enfatizando que a nova Medida Provisória permite trocar essas dívidas por cirurgias e exames para pacientes que estão na fila do SUS. O ministro também solicitou a colaboração do Congresso Nacional para aprimorar a proposta, destacando a importância de um debate construtivo.
Além das exposições sobre o programa, Padilha abordou as prioridades do Ministério da Saúde para 2025 e se defendeu contra críticas direcionadas à formação de médicos no novo programa. Ele rebateu informações falsas que circularam na semana anterior, afirmando que a formação acelerada de especialistas em três a seis meses era uma distorção da realidade. O ministro garantiu que a MP prevê a ampliação das vagas em residência médica e apoio a médicos já especializados em busca de aperfeiçoamento.
O deputado Dr. Frederico, do PRD de Minas Gerais, destacou o aumento do orçamento do ministério, que cresceu de R$ 166 bilhões em 2022 para R$ 248 bilhões projetados para 2025. Ele elogiou o aumento, mas também cobrou mais investimentos no tratamento do câncer de mama, alertando que a mortalidade entre mulheres nesse contexto é alarmante.
Padilha comemorou o aumento previsto no orçamento e reiterou que o programa Agora Tem Especialistas pode permitir diversos investimentos significativos, através da atuação das emendas parlamentares. O debate foi promovido pelas comissões de Saúde e de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família, com a participação de diversos deputados, que manifestaram suas preocupações e expectativas sobre o futuro da saúde no Brasil.