Em seu discurso, Cida Gonçalves mencionou o exemplo do México, que adotou a paridade de gênero em todos os cargos políticos, e ressaltou que, mesmo após 93 anos da conquista do voto feminino no Brasil, as mulheres ocupam menos de 20% dos cargos de poder. Ela informou que o governo federal convocará a 5ª Conferência Nacional de Políticas para Mulheres, prevista para o final de setembro ou início de outubro, com o tema “Democracia e Igualdade”.
Durante a sessão, outras deputadas e autoridades presentes também abordaram questões relacionadas à representatividade feminina. A procuradora da Mulher na Câmara, deputada Soraya Santos, destacou a ausência de vereadoras em mais de 700 municípios brasileiros nas últimas eleições, ressaltando a importância do olhar feminino sobre a legislação.
A coordenadora da bancada feminina, deputada Benedita da Silva, mencionou a falta de igualdade de gênero mesmo após 30 anos da Conferência de Pequim, apontando a lentidão no avanço dos direitos das mulheres. A presidente do TSE e ministra do STF, Cármen Lúcia, enfatizou a desigualdade no Poder Judiciário e a necessidade de cumprir o princípio de igualdade previsto na Constituição Federal.
Em relação à educação, mercado de trabalho, saúde e meio ambiente, as autoridades presentes destacaram a persistência das desigualdades de gênero e a importância de medidas e políticas públicas que busquem promover a equidade e o respeito aos direitos das mulheres. A violência política, a violência contra as mulheres negras e a prevenção do feminicídio também foram temas abordados durante a sessão.
No geral, a sessão solene na Câmara dos Deputados foi marcada por discursos em favor da igualdade de gênero, da representatividade feminina e da luta pelos direitos das mulheres. As autoridades presentes destacaram a importância de avançar na implementação de políticas que garantam a participação e o respeito às mulheres em todos os âmbitos da sociedade.