Farias argumenta que Eduardo Bolsonaro se afastou do Brasil com uma licença de 120 dias, a qual foi concedida em 20 de março de 2025. Desde então, o deputado se encontrava em território norte-americano, onde, segundo o líder petista, desenvolveu atividades políticas questionáveis. Sua licença terminou no último domingo, dia 20 de julho.
De acordo com Farias, Eduardo Bolsonaro, mesmo em licença, continua a empregar sua condição de parlamentar em sua atuação no exterior. Segundo ele, isso revela um uso indevido de sua “imunidade simbólica” e do cargo, permitindo que Eduardo fizesse “campanhas contra o Brasil” e promovesse críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao governo brasileiro. Esta situação, conforme a alegação, caracteriza tanto uma violação ao decoro parlamentar quanto uma traição à soberania nacional.
O pedido de Farias também menciona que as ações de Eduardo Bolsonaro motivaram a apresentação de duas representações formais contra ele no Conselho de Ética da Câmara, datadas de 25 de maio e 11 de julho de 2025. Ambas as representações pedem a cassação do mandato do deputado por abusos nas prerrogativas constitucionais e por comportamento que não estaria em consonância com os padrões éticos exigidos pelo cargo.
Após a divulgação desses fatos, a Agência Câmara tentou contato com a assessoria de Eduardo Bolsonaro para obter uma resposta às acusações, mas não obteve retorno até o fechamento da matéria.
Essas denúncias acrescentam uma nova camada de controvérsia à já tumultuada trajetória política de Eduardo, refletindo os desafios enfrentados por parlamentares em tempos de polarização e intensos debates sobre lealdade nacional e exercício do cargo público. Enquanto isso, a Câmara dos Deputados se vê novamente em meio a um cenário de tensão política que exige soluções rápidas e eficazes.