A presença de Palácios na Comissão de Educação aconteceu em meio a boatos e suspeitas de irregularidades ligadas ao exame. A polêmica se originou a partir de alegações de que algumas questões apresentadas no Enem eram notavelmente similares a itens já presentes em cursos preparatórios, levando a questionamentos sobre a integridade da prova. O presidente do Inep se esforçou para esclarecer que a missão do Enem é avaliar o aprendizado acumulado pelos estudantes ao longo de sua trajetória educacional, destacando que o número total de questões aplicadas no exame é expressivamente superior ao necessário para uma avaliação precisa.
“O Enem busca fazer uma estimativa rigorosa do aprendizado dos estudantes, não se trata apenas de contabilizar acertos em um conjunto de conteúdos”, enfatizou Palácios. O deputado Maurício Carvalho, que preside a Comissão de Educação, manifestou sua preocupação com a credibilidade do Enem, destacando que o exame é fundamental para o acesso ao ensino superior no país. Carvalho questionou a decisão de anular apenas três questões, enfatizando que a confiança do público na avaliação pode estar em risco diante das alegações de que até 11 questões poderiam ter sido antecipadas.
Em resposta às preocupações levantadas, Palácios disse que, ao tomar conhecimento das suspeitas, convocou especialistas e a Polícia Federal para conduzir uma investigação minuciosa. A análise das 900 questões de cursos preparatórios levou à conclusão de que não havia nenhum vazamento, garantindo assim que o Enem pudesse continuar a produzir resultados confiáveis e justos.
Palácios também lembrou que o Enem é respaldado por um robusto processo de pré-testes realizados entre 2013 e 2024, onde as questões foram cuidadosamente avaliadas, reforçando a legitimidade do exame. A transparência e a confiança na avaliação continuam sendo temas centrais no debate sobre o futuro do Enem e sua importância na constelação educacional brasileira.









