Representando a Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Jean Lima defendeu a distribuição dos canais do governo pela internet, enfatizando a relevância da comunicação pública. Ele destacou a importância de os telespectadores poderem acessar os canais da União pela internet, mesmo quando não disponíveis na radiodifusão local, citando a importância dos canais TV Brasil, Canal Gov, TV Senado, TV Câmara, TV Justiça, Canal Saúde e Canal Educação na promoção da transparência das ações governamentais.
Outro ponto levantado durante o seminário foi a necessidade de assegurar espaço para as emissoras públicas de TV no novo modelo. O presidente da comissão de Comunicação e Direito Digital do Senado, senador Eduardo Gomes (PL-TO), destacou a importância da presença da TV pública no novo sistema, enfatizando o papel da TV Senado como fonte de informação crucial para o setor de regulação.
O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, explicou que a TV 3.0 consistirá na integração da TV aberta com a internet, permitindo maior interatividade e personalização de conteúdo. Ele ressaltou que essa nova forma de televisão trará oportunidades como publicidade interativa, comércio eletrônico integrado e modelos de negócios inovadores para as emissoras.
Apesar da integração com a internet, o ministro garantiu que mesmo sem acesso à rede, os telespectadores poderão assistir televisão normalmente, desde que tenham aparelhos compatíveis com a nova tecnologia. No entanto, sem internet, não terão acesso aos recursos interativos disponíveis.
Os participantes do seminário ressaltaram que o Brasil é um dos países onde a população mais assiste TV aberta, com uma média de mais de 5 horas diárias. Estima-se que 98% dos domicílios brasileiros possuem ao menos um aparelho de TV. Em suma, o evento destacou a importância da TV 3.0 como uma evolução no formato televisivo, trazendo novas oportunidades e desafios para o setor de comunicação no país.