O líder da Câmara destacou a importância do diálogo e da diplomacia, reiterando que as instituições internacionais necessitam de renovação para se adaptarem às novas dinâmicas mundiais. Ele defendeu a reforma abrangente de organismos multilaterais, como o Conselho de Segurança da ONU, que, segundo ele, não pode mais refletir as realidades do pós-Segunda Guerra Mundial, mas deve incluir uma representação mais justa dos países do Sul Global. “Um conselho mais representativo é essencial para promover a paz e a segurança global”, afirmou.
Motta também abordou a reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC), ressaltando a necessidade de um tratamento especial para países em desenvolvimento. Ele propôs a instituição de regras comerciais que respeitem e assegurem a segurança alimentar, um tema crucial para a sustentabilidade das nações. Na agenda legislativa do BRICS, figuraram iniciativas voltadas a fortalecer sistemas de saúde pública, facilitar o comércio entre os membros, e promover intercâmbios acadêmicos, entre outras.
O presidente da Câmara lembrou ainda a importância da governança da inteligência artificial, insistindo que o desenvolvimento tecnológico precisa ser acompanhado por parâmetros éticos e de respeito aos direitos humanos. Além disso, destacou a relevância do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) como motor de investimentos sustentáveis, que priorizem a inclusão social.
O evento buscou definir diretrizes claras para uma agenda que promova o desenvolvimento econômico, a cooperação mútua e a equidade nas relações internacionais. A necessidade de um compromisso coletivo em construir um futuro mais justo, solidário e sustentável permeou toda a fala de Motta, que encerrou sua apresentação fazendo um apelo à ação, desejando que os frutos das discussões se materializem em políticas concretas e efetivas.