Durante a audiência, representantes do governo destacaram a necessidade de medidas para mitigar as emissões de metano, ressaltando que o Brasil é o quinto maior emissor global desse gás, proveniente principalmente de atividades agropecuárias, resíduos sólidos e mudanças no uso do solo e das florestas. O aumento das emissões brasileiras de metano foi de 51% entre 1990 e 2019.
O Ministério do Meio Ambiente enfatizou a importância do Plano Clima, que estabelece metas e ações de mitigação e adaptação do governo até 2035. Três planos setoriais estarão envolvidos no debate sobre a questão do metano: agricultura e pecuária, resíduos e energia. O governo brasileiro se comprometeu a atingir a neutralidade climática até 2050.
Além disso, foi discutida a importância do biogás e do biometano como alternativas para a redução das emissões de metano. Representantes de associações empresariais pediram mais investimentos nessas tecnologias, apontando que o biometano, produzido a partir da purificação do biogás, pode ser uma solução importante na transição energética do país.
A presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas, deputada Socorro Neri, destacou a importância da análise do tamanho do desafio e da atenção que o Congresso Nacional deve dar para transformar resíduos sólidos em fonte de energia renovável. A Abiogas informou que o Brasil possui 1365 plantas de biogás e 31 plantas de biometano, porém, ainda abaixo do potencial máximo do país.
Diante desse cenário, as discussões e medidas apresentadas durante a reunião da Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas apontam para a necessidade de investimentos e ações concretas para reduzir as emissões de metano e promover a transição energética do Brasil rumo a uma economia mais sustentável e verde.
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