Durante as palestras, a fundadora do Instituto Vita, Karen Scavacini, fez recomendações essenciais sobre como os meios de comunicação devem abordar o tema do suicídio com sensibilidade e responsabilidade. Ela alertou para o perigo da romantização do suicídio, citando casos em que a mídia divulgou de maneira inadequada e sensacionalista. Karen ressaltou a importância de apresentar histórias de superação e relatos de famosos que passaram por momentos difíceis, sem incentivar novos casos.
Além disso, a especialista destacou a relevância da atuação dos usuários de internet na prevenção ao suicídio. Ela enfatizou a importância de não compartilhar cenas, vídeos ou detalhes relacionados a casos de suicídio, visando evitar a propagação de informações que possam influenciar negativamente indivíduos vulneráveis.
Outro ponto abordado durante as palestras foi o tempo gasto nas redes sociais e o impacto do conteúdo online na saúde mental. Gabriela de Almeida, diretora de relações institucionais do Redes Cordiais, ressaltou a necessidade de equilibrar o uso das redes sociais e cancelar notificações excessivas a fim de garantir uma relação saudável com a internet.
Por fim, foi mencionado o papel da legislação na prevenção do suicídio, com a Lei 13.819/19 e a Portaria 2.493/20 estabelecendo políticas e comitês para esse fim. A coordenadora do Ministério da Saúde, Naísa Sá, reforçou a importância de repensar as estratégias de prevenção ao suicídio e manter o debate sobre o assunto ao longo de todo o ano, não se limitando apenas ao mês de setembro.
As palestras realizadas no evento estarão disponíveis na página da Frente Parlamentar Mista para Promoção da Saúde Mental, oferecendo conteúdo informativo e educativo para a população interessada no tema. A discussão promovida foi fundamental para conscientizar sobre a importância da comunicação responsável e sensível em relação ao suicídio, visando prevenir casos e promover a saúde mental.