CAMARA DOS DEPUTADOS – Fibromialgia agora reconhecida como deficiência; lei de benefícios entra em vigor em janeiro de 2026 após sanção de Lula. Avaliações multidisciplinares serão necessárias.

Nova Lei Reconhece Fibromialgia como Deficiência

No dia 25 de julho de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 15.176/25, que reconhece a fibromialgia como uma condição que gera deficiência. A medida, sem vetos, garante aos portadores da doença acesso a uma série de benefícios, incluindo cotas em concursos públicos, isenções de impostos sobre produtos industrializados (IPI) na compra de veículos, e direito à meia-entrada em eventos culturais e artísticos. Essas mudanças ocorrerão a partir de janeiro do próximo ano, um período de adaptação de 180 dias após sua publicação.

A fibromialgia, uma síndrome ainda sem uma causa definida, é marcada por dores crônicas generalizadas, além de sintomas como fadiga, insônia, ansiedade e depressão. Essa nova regulamentação se originou do Projeto de Lei 3010/19, que foi apresentado pelo ex-deputado Dr. Leonardo, e que recebeu aprovação tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal.

Para que a fibromialgia seja considerada deficiência, é necessário que cada caso seja analisado por uma equipe multidisciplinar que inclua médicos e psicólogos. Esses profissionais devem avaliar as limitações que a condição impõe ao indivíduo no desempenho de suas atividades diárias e em sua interação social. A criação dessa equipe é um passo importante para garantir que apenas aqueles que realmente precisam e se enquadram na definição legal possam acessar os benefícios.

A Lei 15.176/25 também altera a Lei 14.705/23, que previa diretrizes para o tratamento de condições como a fibromialgia e a síndrome de fadiga crônica no Sistema Único de Saúde (SUS). A nova legislação estabelece um entendimento unificado sobre o reconhecimento da fibromialgia em todo o país. Embora algumas regiões, como o Distrito Federal, já tenham implementado normativas semelhantes de reconhecimento como deficiência, agora a aplicação será nacional.

Essas mudanças vêm em um momento em que a sociedade se torna mais consciente da importância de reconhecer e tratar condições de saúde que afetam a qualidade de vida. O reconhecimento legal da fibromialgia como deficiência representa um avanço significativo na luta pelos direitos das pessoas afetadas por essa síndrome debilitante, promovendo maior inclusão e acesso a recursos essenciais.

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