CAMARA DOS DEPUTADOS – Executivos da Voepass afirmam que cumpriam procedimentos de segurança em aeronave acidentada em audiência na Câmara dos Deputados.



Executivos da empresa Voepass compareceram a uma audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir o acidente aéreo que resultou na morte de 62 pessoas em Vinhedo, no interior de São Paulo. Durante a audiência, o ex-diretor de Operações da companhia, Marcel Moura, afirmou que a empresa seguiu todos os protocolos de segurança necessários na aeronave que se acidentou em agosto.

Segundo Moura, é fundamental aguardar a conclusão das investigações realizadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) para esclarecer as causas do acidente. Até o momento, a empresa não recebeu nenhuma recomendação das autoridades para realizar modificações nos procedimentos operacionais ou de manutenção das aeronaves.

Durante a audiência, foi levantada a suspeita de que o acidente possa ter sido causado por problemas no sistema de degelo da aeronave. Relatórios internos da Voepass indicam que a aeronave já havia apresentado falhas nesse sistema no ano anterior.

O deputado Newton Bonin questionou a decisão dos pilotos de prosseguir com o voo mesmo diante da previsão de gelo severo na rota. O ex-diretor de Manutenção da Voepass, Eric Cônsoli, admitiu que houve essa previsão, mas não explicou por que o avião decolou mesmo assim.

O coordenador da comissão externa, deputado Bruno Ganem, destacou que o relatório preliminar do Cenipa sugere que os pilotos não comunicaram corretamente o problema com o sistema de degelo, o que poderia ter evitado a tragédia. A comissão estuda propor uma legislação para proteger os tripulantes que reportem falhas em voos, visando a segurança de todos os envolvidos.

Os executivos da Voepass asseguraram que a empresa passa por auditorias regulares e que todos os procedimentos de manutenção são devidamente acompanhados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Além disso, a companhia também é submetida a auditorias externas realizadas pela Associação Internacional de Transporte Aéreo a cada dois anos para garantir a segurança operacional.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo