Durante a audiência da Comissão Especial de Combate ao Câncer, o Ministério da Saúde foi representado por Aline Lopes, que enfatizou a gravidade da situação atual, com estimativas do Instituto Nacional do Câncer indicando um aumento significativo nos casos de câncer nos próximos anos. Diante desse cenário alarmante, a importância da aprovação e implementação efetiva da política nacional se torna ainda mais evidente.
Um dos principais pontos discutidos foi a necessidade de ampliação do diagnóstico precoce, principalmente em relação ao câncer de mama, colo de útero e cólon e reto, que apresentam altas taxas de incidência na população brasileira. A representante do Ministério da Saúde anunciou a implementação de ações para facilitar o acesso das mulheres a exames preventivos e testes genéticos.
No entanto, os especialistas presentes ressaltaram as disparidades existentes no sistema de saúde, evidenciando problemas como a demora no diagnóstico, falta de padronização no tratamento e baixa cobertura de exames, como a mamografia. A presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica alertou para a subutilização de políticas já consolidadas e pressionou por mudanças na recomendação de exames preventivos.
Além das questões relacionadas ao diagnóstico e tratamento, o financiamento adequado para a política de combate ao câncer também foi pauta do debate. O presidente da comissão especial defendeu a aprovação de propostas que visam criar um Fundo Nacional de Enfrentamento ao Câncer e estabelecer percentuais mínimos de investimento por parte da União, estados e municípios.
Diante do crescente desafio que o câncer representa para a saúde pública, as discussões e propostas apresentadas durante a audiência na Câmara dos Deputados refletem a urgência de ações concretas e eficazes para enfrentar essa doença que afeta milhares de brasileiros todos os anos. A sociedade civil e as autoridades públicas precisam unir esforços para garantir o acesso universal e de qualidade ao diagnóstico e tratamento do câncer no país.