Segundo a secretária do Desenvolvimento Econômico de Porto Alegre, Júlia Tavares, as empresas locais ainda enfrentam desafios, mesmo meses após as enchentes. A situação é agravada pela falta de apoio efetivo do governo, especialmente no que diz respeito à ajuda anunciada que não está chegando a todos os necessitados.
Durante a audiência, a secretária destacou que 45 mil empresas em Porto Alegre foram afetadas pelas enchentes, sendo que apenas 4 mil tiveram acesso ao Pronampe. Isso representa apenas 10% das empresas com a estrutura comprometida, sem contar aquelas que tiveram perdas no faturamento.
O ministro da Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, ressaltou a importância do Pronampe Solidário, que visa beneficiar até 50 mil empresas com condições acessíveis de financiamento. Ele reconheceu a complexidade da reconstrução do estado, considerando todas as áreas afetadas pelas enchentes.
Durante a reunião, foram levantadas propostas para a melhoria do acesso aos recursos e a necessidade de reavaliação dos critérios de concessão. O coordenador da comissão externa se comprometeu a trabalhar pela inclusão dessas propostas na pauta de votações da Câmara dos Deputados.
O relator da comissão externa e outros participantes destacaram a importância de dialogar com o governo e buscar soluções que possam auxiliar as empresas gaúchas a se recuperarem dos prejuízos causados pelas enchentes. A burocracia foi apontada como um dos entraves para a liberação de verbas, e a necessidade de agir em prol do povo do Rio Grande do Sul foi enfatizada.
Dessa forma, a audiência pública realizada pela comissão externa da Câmara dos Deputados foi um importante espaço para debate e busca de soluções para a situação econômica das empresas afetadas pelas inundações no estado do Rio Grande do Sul.