Título: CPMI do INSS: Silêncio de Programador Envolve R$ 1,4 Bilhão em Fraudes
No dia 10 de novembro de 2025, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS deu continuidade às suas investigações e recebeu o depoimento de Igor Dias Delecrode, um empresário e programador acusado de desenvolver um software para fraudar o sistema de biometria do INSS. Apesar das intensas acusações, Delecrode permaneceu em silêncio ao longo de todo o depoimento, não respondendo a questionamentos sobre uma movimentação financeira suspeita de R$ 1,4 bilhão associada a suas empresas de tecnologia.
Com apenas 28 anos, Delecrode é apontado como o cérebro por trás de um esquema que tem causado sérios danos a aposentados e pensionistas, tendo sido responsável por supostas fraudes que resultaram em receitas superiores a R$ 15 milhões em menos de um ano. Durante a sessão, ele apenas informou que reside em São Paulo e é graduado em auditoria financeira, sem oferecer detalhes relevantes sobre as práticas ilícitas que estão sendo investigadas.
As investigações revelam que Delecrode provavelmente participou da construção de uma organização criminosa, operando por meio de um sofisticado sistema de coleta de dados que burlou a biometria facial do INSS, de acordo com apurações realizadas pela Controladoria-Geral da União (CGU). O relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar, criticou duramente o silêncio do programador, afirmando que isso representa uma vitória para a impunidade no Brasil. “Esse silêncio é um tapa na cara do povo brasileiro”, enfatizou Gaspar, questionando a eficácia do sistema judicial quando um indivíduo aparentemente se beneficia de sérios delitos sem enfrentar as consequências.
Além do STF, o relator também apontou que alguns membros da CPMI poderiam estar dificultando as investigações ao não convocar depoentes essenciais. Isso teria gerado uma certa frustração entre os parlamentares, que veem um descompasso entre o dever do Congresso e a atuação de outros poderes.
Enquanto isso, os aposentados lesados têm até o dia 14 de fevereiro de 2026 para solicitar ressarcimento, com mais de 3 milhões de beneficiários já tendo recebido devoluções que ultrapassam R$ 2 bilhões. A situação levanta questões sobre a responsabilidade das instituições e a necessidade urgente de restaurar a confiança no sistema previdenciário.









