A convocação de Cavalcanti se dá no contexto das investigações sobre um esquema de fraudes nas aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), revelado pela Operação Sem Desconto da Polícia Federal. O empresário, ativo no Distrito Federal, já se encontra em meio a uma série de investigações e teve diversos bens apreendidos, incluindo uma Ferrari, uma réplica de um carro de Fórmula 1, relógios de luxo e vultosas quantias em dinheiro.
Durante a reunião que propôs o depoimento de Cavalcanti, a senadora Leila Barros, integrante da CPMI, enfatizou que o empresário é associado a empresas que operam em áreas correlatas ao setor sob investigação. Esse ponto é crucial, pois ressalta um potencial envolvimento mais amplo de Cavalcanti no esquema em questão. Além disso, a senadora lembrou que ele foi um dos alvos da Operação Sem Desconto, o que levanta mais indagações sobre sua atuação no meio empresarial e suas implicações na política pública de seguridade social.
O depoimento de Fernando Cavalcanti é visto como um momento-chave na CPMI, que possui poderes de investigação equiparados aos das autoridades judiciais. A comissão, formada por igual número de deputados e senadores, busca elucidar fatos relevantes relacionados ao INSS, e a presença do empresário pode trazer novos desdobramentos para a investigação já em andamento.
A CPMI já ouviu diversos depoimentos significativos, incluindo o do ministro da Controladoria-Geral da União, Vinicius Marques de Carvalho, refletindo a seriedade e a abrangência das apurações. O cenário se torna cada vez mais complexo e, à medida que novas informações surgem, a expectativa é de que o depoimento de Cavalcanti forneça insumos valiosos para o avanço das investigações sobre as fraudes no INSS.