CAMARA DOS DEPUTADOS – Eleição inédita: candidatos à Presidência da Câmara fogem do padrão histórico de idade, profissão e região de origem.

Nas eleições para a presidência da Câmara dos Deputados deste ano, os candidatos estão quebrando o padrão estabelecido ao longo da história da República. Normalmente, os ex-presidentes eleitos para a Câmara são advogados, com idade em torno dos 54 anos e representantes de estados da Região Sudeste. No entanto, os três deputados que anunciaram sua candidatura para este ano têm menos de 40 anos, o que traz uma novidade ao cenário político nacional.

O deputado Hugo Motta, do Republicanos da Paraíba, com 35 anos, se eleito, será o mais jovem da história a assumir o cargo. Ele é alguns meses mais novo do que Pedro Aleixo e Carlos Peixoto Filho, que também assumiram a presidência da Câmara com a mesma idade. Os outros candidatos neste ano são Marcel Van Hattem, do Novo do Rio Grande do Sul, com 39 anos, e Pastor Henrique Vieira, do Psol do Rio de Janeiro, com 37 anos.

Outro aspecto que torna a eleição deste ano histórica é o fato de que todos os candidatos pertencem a partidos criados após o ano 2000. Até o momento, todos os presidentes da Câmara eleitos desde 1985 pertenciam a partidos criados nos anos 1980. Só o MDB esteve no cargo por 9 vezes, seguido pelo DEM/PFL com 6 mandatos e pelo PP com 4.

Além disso, as profissões dos candidatos também fogem do comum para a Presidência da Câmara. Hugo Motta é médico, algo incomum para o cargo, enquanto Marcel Van Hattem é jornalista, mesma profissão de apenas dois ex-presidentes. Pastor Henrique Vieira, por sua vez, poderá ser o primeiro pastor a ocupar o posto.

Na história da República, a Região Sudeste foi a mais representada na presidência da Câmara, com deputados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro ocupando o cargo a maior parte do tempo. Se eleito, Hugo Motta será o 20º deputado da Região Nordeste a assumir a presidência da Câmara, sendo que apenas outros dois foram da Paraíba. A Região Sul ocupou o cargo cinco vezes, com quatro mandatos por gaúchos, enquanto as regiões Norte e Centro-Oeste ainda não elegeram um presidente da Câmara.

Portanto, a eleição para a presidência da Câmara dos Deputados neste ano está se destacando por quebrar padrões históricos, trazendo uma renovação tanto em termos de idade dos candidatos quanto em relação às suas profissões e às regiões representadas. A escolha do próximo presidente da Câmara será um marco na história política do país.

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