CAMARA DOS DEPUTADOS –

Economista Rubens Oliveira Costa Nega Envolvimento em Fraudes do INSS e Enfrenta Possível Prisão Preventiva pela CPMI

Em um depoimento impactante na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes relacionadas ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o economista Rubens Oliveira Costa negou qualquer envolvimento com práticas ilícitas que visam prejudicar aposentados e pensionistas. A sessão, realizada na última segunda-feira, 22 de setembro de 2025, destacou o crescente embate entre autoridades e o que se considera um sofisticado esquema de corrupção.

Costa, que atuou como administrador financeiro até 2024, foi questionado sobre suas associações com Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, que foi preso por sua conexão com essas fraudes. O economista se defendeu enfaticamente, afirmando: “Jamais ordenei, operei ou participei, conscientemente, do pagamento de qualquer propina”. Sua declaração vem na sequência de uma série de investigações que já identificaram outros 21 envolvidos, com pedidos de prisão preventiva sendo encaminhados ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Durante o depoimento, Costa revelou que prestou serviços a Antunes entre junho de 2022 e março de 2024 e, embora tenha admitido a movimentação de cifras significativas em empresas ligadas ao suspeito, não soube precisar exatamente os valores. Quando pressionado sobre os montantes que rolaram em empresas como a Prospect Consultoria, Costa estimou que entre 100 e 150 milhões de reais foram movimentados durante seu período de atuação.

Além disso, o relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar, pediu detalhes sobre suas rendas, e Costa informou que recebia aproximadamente R$ 7.500 mensais da Vênus Consultoria, destacando ainda uma renda total de cerca de R$ 70 mil ao considerar todos os seus trabalhos. As revelações trouxeram à tona a conexão entre os pagamentos e serviços, levantando questionamentos sobre a natureza das atividades prestadas por empresas como a Curitiba Consultoria, vinculadas a figuras chave no esquema.

Diante da gravidade das informações e do possível risco de fuga, Gaspar terminou por sugerir que a CPMI reforce ao STF o pedido de prisão preventiva de Costa. A preocupação é de que, com as novas evidências, a continuidade das investigações possa ser comprometida. O presidente da CPMI, senador Carlos Viana, acompanhou o relator, comprometendo-se a levar o pedido para votação em uma reunião posterior.

O cerne da investigação é um esquema de fraudes que teria utilizado descontos indevidos em aposentadorias e pensões, envolvendo entidades e indivíduos que geralmente representam os interesses dos aposentados, num cenário que expõe as fragilidades do sistema previdenciário brasileiro. A CPI se comprometido a aprofundar as investigações e responsabilizar todos os envolvidos, buscando coibir práticas que ferem os direitos dos cidadãos mais vulneráveis.

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