O senador Ciro Nogueira (PP-PI), relator do texto, explicou que essa subestimação se deve a uma correção maior das despesas previdenciárias, levando em consideração o desempenho de 2024 e um aumento maior do INPC, que é a base do reajuste do salário mínimo. A projeção mais recente para o valor do mínimo em 2025 é de R$ 1.517, em contraste com os R$ 1.509 propostos inicialmente. As despesas previdenciárias devem alcançar R$ 907,5 bilhões em 2024, superando os R$ 898,5 bilhões estimados em agosto.
Um menor aumento no salário mínimo terá um impacto significativo nas despesas da Previdência, afetando também o abono salarial e o seguro-desemprego. O orçamento total da área é de R$ 1,15 trilhão, e o déficit esperado para o Regime Geral da Previdência Social (RGPS) em 2025 é de R$ 286,1 bilhões.
Ciro Nogueira destacou a necessidade de financiamento equivalente a essa cifra e ressaltou a expectativa de estabilização do déficit em relação ao PIB nos próximos anos. O senador também mencionou a apresentação de 93 emendas, das quais 85 são individuais e foram todas acolhidas. As demais emendas de comissões priorizam ações de fomento à economia solidária e qualificação social e profissional de trabalhadores.
Os relatórios setoriais do Orçamento de 2025 estão programados para serem votados ainda esta semana na Comissão Mista de Orçamento.