Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, viajou para Buenos Aires no dia 22 de outubro, chegando ao meio dia, quando as urnas já estavam abertas na cidade. Sua passagem custou R$ 1,7 mil, e o retorno à Brasília saiu por R$ 2,5 mil. Já Marcel Van Hattem, também recebendo reembolso da Casa Legislativa, chegou em Buenos Aires no sábado, em voos comerciais da Aerolíneas Argentina no valor de R$ 4,2 mil.
Quanto a Rodrigo Valadares, não há registros do meio de locomoção até o país vizinho, mas sua hospedagem no hotel Hilton em Porto Madero foi paga com recursos públicos. Durante a estadia, os políticos se dividiram em compromissos públicos, com Eduardo dando entrevista a um canal de TV argentino defendendo a liberação de armas e sendo interrompido por jornalistas.
No dia da eleição, os políticos acompanharam a ida de Javier Milei na sua zona eleitoral. Durante a apuração, estiveram presentes no comício de Milei, que teve resultado apontando para um segundo turno entre o candidato da extrema-direita e o governista Sergio Massa. Os deputados bolsonaristas demonstraram otimismo em relação à disputa, afirmando que os votos de Patricia Bullrich, terceira colocada, migrariam para Milei.
A presença dos deputados bolsonaristas em missão oficial na Argentina gerou polêmica, especialmente pelo fato de acompanharem de perto a campanha de um candidato considerado de extrema-direita. A utilização de recursos públicos para custear suas despesas de viagem também foi questionada, levantando debates sobre o uso ético dos recursos dos parlamentares em missões oficiais.