Durante a reunião, que contou com a presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, os deputados definiram que a votação do projeto no Plenário terá início no dia seguinte, a partir das 10 horas. Além disso, os parlamentares se comprometeram a apresentar a proposta às bancadas para que possíveis sugestões sejam acolhidas.
O deputado Luiz Gastão (PSD-CE) enfatizou que as discussões agora se deslocam da esfera técnica para a área política. Segundo ele, as negociações em curso envolvem questões que vão além do aspecto puramente técnico, implicando em decisões políticas que podem impactar o projeto como um todo. Já o deputado Claudio Cajado (PP-BA) destacou a importância de limitar o número de emendas e destaques para acelerar a tramitação do texto.
Um dos pontos em destaque durante as discussões foi a possível inclusão das armas no Imposto Seletivo, conhecido como “imposto do pecado”. Setores ligados às armas e munições pressionaram para serem retirados dessa tributação mais pesada, o que gerou debates acalorados entre os parlamentares. De acordo com o deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE), a decisão sobre essa questão será tomada em Plenário, evidenciando a dimensão política que o tema assumiu.
Outro aspecto abordado durante as discussões foi a progressividade da cobrança de impostos, com destaque para a proposta da bancada do Psol de aumentar o cashback para quem está no CadÚnico. A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) ressaltou a importância de garantir a isenção de imposto para produtos de higiene íntima feminina, uma questão que também será levada ao Plenário para deliberação.
Com todas essas questões em pauta, o cenário político no Congresso Nacional se mostra agitado e repleto de expectativas quanto aos rumos que a reforma tributária poderá tomar nos próximos dias. A sociedade brasileira aguarda atentamente os desdobramentos dessas discussões que prometem impactar diretamente a economia do país.