O presidente da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), André Passos, enfatizou a necessidade urgente de reduzir o preço do gás natural para garantir a competitividade das empresas. Ele ressaltou que, atualmente, a indústria química consome cerca de 27% de todo o gás natural utilizado no país, porém, algumas empresas já estão buscando outras fontes de energia devido aos altos custos.
De acordo com Passos, a indústria química é globalizada e enfrenta a concorrência de países como China e Estados Unidos, onde o gás natural é utilizado a preços mais baixos. No entanto, no Brasil, o preço do gás natural é impactado significativamente pela infraestrutura local, que representa 66% do custo total.
Durante a audiência, representantes do Ministério de Minas e Energia explicaram que a nova Lei do Gás, aprovada em 2021 e sancionada sem vetos, favorecerá o mercado de gás natural no país. A regulamentação da lei está a cargo da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que visa seguir padrões internacionais para garantir a competitividade do setor.
Além disso, o debate também abordou a questão da depreciação acelerada, que pode impactar positivamente o setor de gás natural ao estimular a renovação de equipamentos e infraestrutura produtiva. No entanto, é fundamental que o governo evite trazer insegurança jurídica ou prejudicar os investimentos no setor.
Os participantes da audiência pública, incluindo representantes de diversas entidades e instituições, destacaram a importância de encontrar soluções para os desafios enfrentados pelo mercado de gás natural no Brasil. O deputado Josenildo, presidente da Comissão de Indústria, Comércio e Serviços, ressaltou a importância de buscar medidas que possam beneficiar o setor de forma eficiente e equilibrada. A expectativa é que as mudanças legislativas e regulatórias promovam um ambiente mais competitivo e favorável para o mercado de gás natural no país.
