Segundo Petrone, o racismo ambiental evidencia como as populações periféricas e minorias étnicas, especialmente os negros, são desproporcionalmente afetados pelos impactos ambientais. No contexto brasileiro, as consequências do racismo ambiental estão entrelaçadas com o legado colonial, gerando profundas injustiças sociais. A falta de políticas habitacionais, planejamento urbano adequado e serviços públicos nas comunidades mais vulneráveis contribui para a perpetuação das condições degradadas.
A deputada ressaltou que o crescimento das comunidades em áreas de risco é um reflexo direto da relação entre racismo ambiental e injustiça social. Esses grupos historicamente marginalizados enfrentam discriminação e exclusão no acesso a recursos e oportunidades, intensificando a desigualdade e a vulnerabilidade ambiental. A urgência de políticas públicas eficazes e estratégias de mitigação torna-se evidente diante desse cenário preocupante.
O debate, que ocorreu no plenário 9 da Câmara dos Deputados, contou com a presença de especialistas, ativistas e representantes da sociedade civil, que trouxeram diferentes perspectivas e propostas para enfrentar o racismo ambiental. A discussão foi marcada por análises profundas sobre as interseções entre a crise climática e as desigualdades raciais, reforçando a importância de uma abordagem inclusiva e equitativa para garantir um ambiente saudável e sustentável para todas as comunidades.