CAMARA DOS DEPUTADOS – “Deputados discutem a relação entre crise climática e racismo ambiental afetando populações mais pobres”



Na manhã desta terça-feira, a Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados reuniu-se para discutir a relação entre crise climática e racismo ambiental, um tema crucial e urgente que vem ganhando destaque na agenda política. A deputada Talíria Petrone (Psol-RJ) conduziu as discussões, destacando a expressão “racismo ambiental” cunhada por Benjamin Franklin Chavis, líder afro-americano dos direitos civis.

Segundo Petrone, o racismo ambiental evidencia como as populações periféricas e minorias étnicas, especialmente os negros, são desproporcionalmente afetados pelos impactos ambientais. No contexto brasileiro, as consequências do racismo ambiental estão entrelaçadas com o legado colonial, gerando profundas injustiças sociais. A falta de políticas habitacionais, planejamento urbano adequado e serviços públicos nas comunidades mais vulneráveis contribui para a perpetuação das condições degradadas.

A deputada ressaltou que o crescimento das comunidades em áreas de risco é um reflexo direto da relação entre racismo ambiental e injustiça social. Esses grupos historicamente marginalizados enfrentam discriminação e exclusão no acesso a recursos e oportunidades, intensificando a desigualdade e a vulnerabilidade ambiental. A urgência de políticas públicas eficazes e estratégias de mitigação torna-se evidente diante desse cenário preocupante.

O debate, que ocorreu no plenário 9 da Câmara dos Deputados, contou com a presença de especialistas, ativistas e representantes da sociedade civil, que trouxeram diferentes perspectivas e propostas para enfrentar o racismo ambiental. A discussão foi marcada por análises profundas sobre as interseções entre a crise climática e as desigualdades raciais, reforçando a importância de uma abordagem inclusiva e equitativa para garantir um ambiente saudável e sustentável para todas as comunidades.

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