Em seu discurso de posse, Reimont destacou a importância de ouvir a sociedade civil e os movimentos sociais, garantindo que terão voz e participação ativa nas discussões e reuniões da comissão. Ele ressaltou a necessidade de dar voz aos grupos mais vulneráveis, citando como exemplo as 300 mil pessoas que vivem em situação de rua e que precisam ter suas necessidades e direitos respeitados.
Além disso, o deputado anunciou que pretende estabelecer um acordo de procedimentos com os membros da comissão para evitar conflitos durante as discussões. Reimont destacou a importância das divergências de opiniões, mas ressaltou que não será tolerada a troca de ofensas, evitando o que ele chamou de “estratégia de lacração” durante os debates.
A Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial sempre foi um palco de embates entre parlamentares do governo e da oposição. Logo após a eleição de Reimont, o deputado Helio Lopes, do PL-RJ, criticou a comissão por ser “ideológica” e pediu que também fossem pautados temas de interesse dos parlamentares de direita. Já a deputada Chris Tonietto, também do PL-RJ, destacou a importância de respeitar os direitos dos nascituros.
Com um perfil marcado pela atuação na Teologia da Libertação e nas Comunidades Eclesiais de Base da Igreja Católica, Reimont tem uma trajetória de quatro mandatos como vereador no Rio de Janeiro. Além disso, o deputado é padre, bancário e professor, estando em seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados. Entre as atribuições da Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial estão investigar denúncias de violações de direitos humanos, fiscalizar programas governamentais e colaborar com entidades não-governamentais.
Esta é uma reportagem de Antonio Vital, com edição de Roberto Seabra, sobre a eleição do deputado Reimont como presidente da Comissão de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial.
