Coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Tarifa Zero, o parlamentar informou aos presentes que a equipe econômica do governo está elaborando um estudo de viabilidade para a implementação dessa proposta. Atualmente, 136 municípios brasileiros já adotam o sistema de transporte gratuito, impactando diretamente a vida de mais de 8 milhões de cidadãos.
Durante a audiência, diversos especialistas e representantes de movimentos sociais foram convidados a compartilhar suas perspectivas sobre a proposta. A ativista Malu Cortes, membro do Movimento Tarifa Zero do Rio de Janeiro, enfatizou que o transporte público, como está estruturado hoje, representa uma barreira significativa para a população no acesso a direitos fundamentais. A declaração de Cortes resonou com a necessidade urgente de reimaginar as políticas de mobilidade urbana no Brasil.
Por outro lado, Marcos Bicalho dos Santos, diretor de gestão da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), trouxe um contraponto ao afirmar que, apesar de a implementação da tarifa zero ser uma ideia válida, é crucial que haja um arcabouço jurídico sólido e fontes de financiamento estáveis para assegurar sua viabilidade a longo prazo. Essa preocupação com a segurança jurídica ressalta os desafios financeiros que a proposta deverá enfrentar, dado o histórico de dificuldades que o setor de transporte público brasileiro atravessa.
As discussões em torno do transporte gratuito revelam um debate mais amplo sobre a equidade no acesso a serviços essenciais e a necessidade de remodelar a mobilidade urbana em um país onde o transporte é um elemento crucial para a inclusão social. A proposta de Tatto pode, portanto, representar não apenas uma inovação na forma como os cidadãos se deslocam, mas também um passo significativo na luta por justiça social no Brasil.