A suspensão dos recursos foi determinada pelo ministro Augusto Nardes, do TCU, e ratificada pelo plenário do tribunal em 22 de janeiro. O programa Pé-de-Meia, destinado a estudantes matriculados no ensino médio público e beneficiários do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, oferecia um incentivo financeiro-educacional mensal de R$ 200 para os estudantes, que podiam sacar o valor a qualquer momento.
De acordo com o TCU, os recursos destinados ao programa não poderiam ser transferidos de fundos garantidores para o Fundo de Incentivo à Permanência no Ensino Médio (Fipem) e deveriam estar previstos no Orçamento da União. O líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), criticou a decisão do TCU, alegando que o órgão extrapolou sua atuação como auxiliar do Legislativo.
Por outro lado, o deputado Chico Alencar (Psol-RJ) defendeu a importância do programa Pé-de-Meia como um benefício significativo para os estudantes do ensino médio no Brasil, evidenciando a necessidade de sua continuidade. Já o líder da oposição, deputado Zucco (PL-RS), destacou a importância de investigar possíveis irregularidades no programa, comparando a situação às “pedaladas fiscais” que levaram ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Diante desse contexto, a divergência de opiniões entre os parlamentares evidencia a complexidade e a importância do debate em torno do programa Pé-de-Meia e das decisões do TCU. A questão agora se torna um ponto de discussão relevante no âmbito político e social do país, demandando uma análise cuidadosa e aprofundada sobre os caminhos a serem seguidos em relação ao programa e às possíveis investigações que podem surgir. É fundamental que os interesses da população, especialmente dos estudantes beneficiários do programa, sejam colocados em primeiro plano nesse cenário de controvérsias e incertezas.