Durante as discussões, a coordenadora-geral de Saúde Integral das Mulheres do Ministério das Mulheres, Josilene dos Santos, ressaltou a necessidade de considerar diversos aspectos no atendimento à saúde da mulher, além das questões específicas como saúde sexual e reprodutiva. Ela destacou a importância de levar em conta fatores como renda, moradia, educação e, principalmente, a violência doméstica e familiar.
Josilene dos Santos alertou para o aumento da violência contra a mulher, que está estabelecida como um problema de saúde pública no Brasil. Segundo a representante do Ministério das Mulheres, os sistemas de saúde ainda não estão preparados para lidar adequadamente com os diversos tipos de violência que as mulheres sofrem.
A coordenadora de Ações Nacionais e Cooperação do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira da Fiocruz, Luiza Beatriz Acioli, trouxe dados alarmantes sobre a violência contra a mulher no país. Ela destacou o aumento nos casos de estupro e feminicídio, com ênfase na vulnerabilidade das mulheres negras.
Durante o debate, também foi abordada a questão da saúde sexual e reprodutiva das mulheres. Representantes de entidades como a Associação Brasileira de Saúde Coletiva apontaram falhas no sistema de saúde, como a redução da oferta de contraceptivos e o alto índice de gravidez não planejada.
Além disso, foram discutidos outros indicadores preocupantes, como o alto índice de cesarianas no Brasil e a persistência da mortalidade materna em patamares elevados. As participantes ressaltaram a importância de repensar e fortalecer a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher, visando garantir um atendimento adequado e respeitoso a todas as mulheres do país.