De acordo com Lafaiete, a falta de acessibilidade em supermercados impede que muitas mães levem seus filhos autistas para fazer as compras, o que poderia ser resolvido com a adoção dos carrinhos adaptados. Além disso, a fundadora do Movimento destacou que essa medida beneficiaria também as mães de crianças com outras deficiências, como paralisia cerebral.
O deputado Glaustin da Fokus, responsável por requerer a audiência pública na Comissão dos Direitos das Pessoas com Deficiência, ressaltou a importância da acessibilidade como uma questão de responsabilidade social. Segundo o parlamentar, estudos indicam que a cada 33 crianças nascidas, uma é diagnosticada com autismo, o que reforça a necessidade de oferecer medidas inclusivas para essa população.
O projeto de lei (PL 2982/22) apresentado pela deputada Renata Abreu (Pode-SP) estabelece a obrigatoriedade dos supermercados e estabelecimentos similares de disponibilizarem carrinhos adaptados para pessoas com autismo. No entanto, houve discordância em relação à porcentagem estabelecida no projeto, com representantes argumentando que o número de carrinhos adaptados poderia ficar ocioso, considerando a estimativa de pessoas com autismo no Brasil.
Para a deputada Erika Kokay (PT-DF), é fundamental que o projeto inclua sanções para os estabelecimentos que não cumprirem com a disponibilização dos carrinhos adaptados, a fim de garantir a efetividade da lei. A discussão sobre a tramitação do projeto continua em pauta, visando promover a inclusão e acessibilidade para pessoas com deficiência em ambientes comerciais.