O deputado Luiz Lima (PL-RJ) destacou a preocupação com a subida do dólar e classificou como temeridade as críticas do presidente ao Banco Central. Segundo ele, até mesmo os indicados por Lula para compor o Comitê de Política Monetária votaram pela manutenção da taxa, o que demonstra a tecnicidade da decisão. Para Lima, as críticas de Lula podem fomentar a figura da inflação e prejudicar a economia.
Em contrapartida, a deputada Gleisi Hoffman (PT-PR) defendeu os indicadores econômicos do governo, os quais superaram as expectativas divulgadas no Boletim Focus. Segundo ela, o PIB cresceu 2,9% e a inflação caiu para 4,62% sob o governo Lula. Hoffman criticou a apreensão do mercado financeiro em relação às declarações do presidente e defendeu a liberdade para Lula se manifestar.
Já o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) sugeriu que o Banco Central intervenha na política cambial para conter a alta do dólar, ressaltando que o Brasil possui reservas cambiais para utilizar nesse sentido. Por outro lado, o deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA) criticou a atuação de Campos Neto, presidente do Banco Central, classificando-o como um “regente de chantagem”.
Em meio a debates sobre a economia e a política monetária, o deputado José Nelto (PP-GO) expressou preocupação com a possível repercussão negativa da alta do dólar na economia e no poder aquisitivo da população brasileira. O desemprego, por sua vez, atingiu o menor nível desde 2014, segundo informações do IBGE.
A polêmica em torno das declarações do presidente e da atuação do Banco Central segue alimentando debates e gerando preocupação entre os parlamentares presentes na sessão da Câmara dos Deputados.