CAMARA DOS DEPUTADOS –

CPMI do INSS: Senador Carlos Viana confirma que sigilos de “Careca do INSS” foram quebrados e investigações avançam

No último dia 15 de setembro de 2025, durante uma reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o senador Carlos Viana, do Podemos de Minas Gerais, revelou que os sigilos fiscal e telefônico de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido popularmente como “Careca do INSS”, foram quebrados. Essa ação foi confirmada pelo senador, que garantiu que as informações obtidas pela Polícia Federal a respeito das entradas e saídas de Antunes do país estão agora sob análise.

Viana comentou que a estratégia de Antunes, que não compareceu à reunião marcada, não causará nenhum obstáculo nas investigações. Ele enfatizou que dados já foram levantados sobre o patrimônio do lobista e que as autoridades financeiras estão se dedicando a traçar um cerco por meio das informações bancárias disponíveis. A condução do inquérito, segundo ele, não será prejudicada pela ausência de Antunes, uma vez que a CPMI conta com recursos investigativos que incluem convocação de depoentes e a possibilidade de quebra de sigilos bancários.

Essa ausência foi interpretada por alguns como uma tentativa de se esquivar da investigação, especialmente após uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que tornou facultativa a presença do lobista e de Maurício Camisotti, outro empresário envolvido no esquema. O senador expressou sua preocupação de que Camisotti também possa cancelar sua presença na próxima reunião da CPMI, programada para o dia 18 de setembro, mas afirmou que o trabalho da comissão não irá parar.

Além disso, após o cancelamento da reunião do dia 15, o deputado Duarte Jr., do PSB do Maranhão, apresentou um requerimento para que sejam ouvidos Tânia Carvalho e Romeu Antunes, esposa e filho de “Careca do INSS”. O requerimento também solicita a quebra de sigilo bancário e fiscal da esposa do lobista entre janeiro de 2022 e julho de 2025, sustentando que o casal movimentou uma quantia exorbitante de R$ 353 milhões em um curto período. A convocação de Romeu também foi justificada pelo deputado, que destacou o envolvimento dele em diversas empresas associadas ao pai, as quais teriam sido utilizadas para repasse de recursos em um esquema fraudulento que lesou o INSS.

Esses desdobramentos mostram a crescente atenção e o rigor com que a CPMI está tratando o caso, reforçando a importância de restaurar a confiança nas instituições e na proteção dos direitos previdenciários dos cidadãos brasileiros.

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