CAMARA DOS DEPUTADOS – CPMI do INSS Ouvirá Ex-Procurador e Empresária em Investigação de Desvios Bilionários nos Benefícios de Aposentados e Pensionistas nesta Quinta-Feira.

No dia 23 de outubro de 2025, a CPMI do INSS realizará uma audiência crucial no Senado, onde o ex-procurador-geral do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, e sua esposa, Thaísa Hoffmann Jonasson, serão convocados a depor. Ambos estão ligados a investigações que apuram um esquema de descontos indevidos aplicados a aposentados e pensionistas, resultando em prejuízos milionários.

A expectativa é que Virgílio explique as apurações conduzidas pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU), que sugerem que ele ter recebido cerca de R$ 11,9 milhões de empresas associadas às fraudes previdenciárias, por meio de contas em nome de Thaísa. As investigações revelam um quadro alarmante de enriquecimento ilícito, incompatível com seus rendimentos como servidor público.

Virgílio foi afastado de seu cargo em abril deste ano, em uma decisão da Justiça Federal, logo após o início da Operação Sem Desconto. O senador Izalci Lucas (PL-DF), que é um dos autores dos requerimentos para convocação, destaca que Virgílio não é um mero espectador do esquema, mas sim um dos principais beneficiários de uma organização criminosa que desviou enormes quantias dos cofres públicos. O senador enfatiza que a gravidade dos indícios que recai sobre Virgílio configura um cenário nebuloso, evidenciado por seu afastamento, que aponta para uma possível participação em um conluio que afetou diretamente a vida de milhões de aposentados e pensionistas vulneráveis.

A presença de Thaísa na CPMI é igualmente significativa. O objetivo é investigar seu envolvimento em transações financeiras que corroboram o esquema criminoso. Os parlamentares que solicitaram sua convocação argumentam que Thaísa é sócia de empresas que atuam como intermediárias nos pagamentos suspeitos e que estão intimamente ligadas aos descontos irregulares aplicados aos benefícios do INSS.

A CPMI, instaurada em agosto, tem um prazo para funcionamento até 28 de março de 2026 e conta com 16 senadores e 16 deputados. Sob a presidência do senador Carlos Viana e com Alfredo Gaspar (União-AL) à frente da relatoria, a comissão busca esclarecer as dimensões desse esquema complexo que impactou milhões de cidadãos. A investigação promete trazer à tona aspectos críticos relacionados à administração pública e à proteção dos direitos dos aposentados e pensionistas no Brasil.

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