CAMARA DOS DEPUTADOS – CPMI do INSS ouve ex-presidentes em auditoria sobre fraudes e omissões na gestão de benefícios previdenciários nesta segunda-feira.

CPMI do INSS Ouve Ex-Dirigentes sobre Fraudes no Sistema Previdenciário

Nesta segunda-feira, 13 de outubro de 2025, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) realiza uma audiência crucial que pode elucidar as denúncias de fraudes no sistema de benefícios previdenciários. A comissão receberá o ex-presidente do INSS, Alessandro Antonio Stefanutto, e o ex-diretor de Benefícios da autarquia, André Paulo Félix Fidelis, para prestar esclarecimentos sobre as irregularidades que vêm sendo investigadas. O evento está agendado para as 16 horas, no Plenário 2 da Ala Senador Nilo Coelho.

Alessandro Stefanutto foi destituído de suas funções em abril deste ano, logo após a deflagração da Operação Sem Desconto, uma ação conjunta da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União que expôs uma série de fraudes cometidas contra aposentados e pensionistas do INSS. O presidente da CPMI, senador Carlos Viana, do Podemos de Minas Gerais, afirmou que existem “indícios de omissão grave” durante a gestão de Stefanutto, o que teria permitido a ocorrência de “falhas sistêmicas” que facilitaram as fraudes.

Entre as principais acusações, destaca-se a autorização dada por Stefanutto para o uso de um sistema paralelo de biometria, que funcionou sem as devidas homologações e garantias de segurança. Essa prática contraria não apenas a legislação de proteção de dados pessoais, mas também os princípios da administração pública e as normas de controle interno do INSS. As irregularidades teriam possibilitado descontos indevidos em benefícios de cidadãos, elevando a gravidade da situação.

André Fidelis também é alvo de investigações intensificadas, uma vez que, conforme informações da Polícia Federal, seu filho, o advogado Eric Douglas Martins Fidelis, teria recebido propinas em nome de seu pai, pagas por operadores envolvidos no esquema de fraude.

A CPMI convida a população a participar da audiência de forma interativa, permitindo que os cidadãos enviem perguntas que poderão ser abordadas durante o depoimento dos ex-dirigentes. Este é um passo significativo para assegurar transparência e responsabilização em relação aos acontecimentos que abalaram a confiança no sistema previdenciário brasileiro.

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