A convocação de Eli Cohen foi aprovada por unanimidade por meio de requerimentos feitos por parlamentares de diversas legendas, refletindo a importância do depoimento para a elucidação das irregularidades. O advogado tem um histórico de ter reunido provas substanciais que detalham a extensão de um esquema que envolve filiações fraudulentas e cobranças ilegais de benefícios previdenciários.
Essas fraudes não só comprometem os recursos destinados aos segurados, mas também levantam questionamentos sobre a participação de entidades e empresas privadas que estão envolvidas no uso indevido dos dados pessoais de segurados. A investigação realizada por Cohen inclui documentos e registros eletrônicos, evidenciando as ilegalidades que afetam a vida de muitos cidadãos que dependem do INSS.
A decisão da CPMI de ouvir Eli Cohen foi fundamentada em três requerimentos. Dentre os autores desses pedidos estão o deputado Alfredo Gaspar, relator da comissão, e os senadores Rogério Marinho e Fabiano Contarato, que ressaltaram a necessidade de esclarecer a origem e a veracidade das provas coletadas, além de desvendar como as entidades operam e suas eventuais conexões com agentes públicos.
Iniciada no mês passado, a CPMI tem um prazo de 180 dias para investigar os casos de descontos abusivos. Além da audiência com Cohen, também está previsto ouvir gestores da Previdência Social que ocuparam cargos entre 2015 e 2025, visando coletar informações abrangentes sobre o funcionamento do sistema durante esse período.
Os cidadãos interessados em participar da audiência podem encaminhar perguntas e comentários através do telefone da Ouvidoria do Senado ou pelo portal e-Cidadania, uma iniciativa que visa aumentar a transparência e a participação da população nas discussões que envolvem questões tão sensíveis e relevantes. A atividade se mostra como uma oportunidade valiosa para o cidadão se engajar em um tema que afeta diretamente a vida de muitos brasileiros.
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