O senador Carlos Viana, presidente da CPMI e membro do Podemos de Minas Gerais, ressalta a importância desse testemunho. Em declarações feitas na segunda-feira, Viana expressou sua cautela em relação à audiência, lembrando que em uma oportunidade anterior Antunes não compareceu, embora houvesse compromissos pré-estabelecidos. “Desta vez, contamos com a confirmação do advogado dele e o desejo explícito de participação, mesmo que ele opte por permanecer em silêncio. O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal, também liberou sua vinda, o que nos proporciona a segurança necessária para ouvir quem muitos consideram o principal articulador desse esquema criminoso”, afirmou Viana.
Além da audiência com Antunes, os membros da CPMI agendaram a votação de 30 requerimentos, incluindo uma convocação para Rodrigo Moraes, identificado como sócio da Arpar, uma empresa supostamente envolvida na lavagem de dinheiro desviado do INSS. Outros requerimentos visam convocar presidentes de diversas confederações tidas como relacionadas ao caso e requisitar informações de entidades pertinentes à investigação.
A CPMI também discutirá ações mais severas, que incluem a prisão preventiva do advogado Nelson Wilians Fratoni Rodrigues e a solicitação de um Relatório de Inteligência Financeira do COAF que abrange o período de janeiro de 2019 a dezembro de 2024, vinculado a esse advogado.
Outra pauta relevante será a votação de uma minuta de projeto de lei focada em aprimorar os controles sobre a concessão de benefícios do INSS. O projeto visa garantir maior autonomia às CPIs, além de estabelecer sanções para depoentes que não comparecerem sem justificativa.
A sessão acontecerá no plenário 2 da ala Nilo Coelho, no Senado Federal, e promete ser um espaço ativo, pois o público terá a oportunidade de interagir, enviando perguntas e comentários durante o evento.