Os deputados e senadores se dividiram em opiniões sobre as solicitações, enquanto debatiam 181 requerimentos. A convocação do governador Zema gerou polêmica, com algumas acusações de que a iniciativa teria motivações políticas. Antes da votação, Zema enviou um ofício à CPMI informando que não participa da administração da Zema Crédito, Financiamento e Investimento S.A. desde 2018 e que as informações sobre a empresa devem ser prestadas pela sua diretoria. O deputado Rogério Correia (PT-MG) comentou que a convocação não se trata de uma perseguição, destacando que o governador ainda possui 16,41% das ações da instituição financeira.
A senadora Tereza Cristina (PP-MS) criticou a forma como o governador está sendo tratado, ressaltando que outras autoridades foram convidadas de maneira mais respeitosa. Por outro lado, o senador Rogério Marinho (PL-RN) defendeu que a convocação carece de justificativa sólida e parece ter viés político.
A questão de Fábio Luís Lula da Silva foi debatida intensamente, sendo sua convocação rejeitada por 19 votos a 12. A oposição argumentou que ele estaria vinculado a práticas ilícitas relacionados à administração do INSS, mas o líder do governo, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), desafiou os opositores a apresentarem provas concretas sobre as denuncias.
No que diz respeito ao advogado-geral da União, Jorge Messias, sua convocação também foi negada. Alguns parlamentares pediram explicações sobre uma investigação que não abrangeu todas as entidades com acordos relacionados ao INSS. Contudo, outros defensores de Messias afirmaram que ele é uma figura de reputação ilibada.
Outras deliberações da CPMI incluíram a convocação e a quebra de sigilos do presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro. Ao mesmo tempo, foram retirados da pauta requerimentos para convocar o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, que se apresentará após o recesso de fim de ano.
Por fim, a CPMI também adiou o depoimento do secretário da Conafer, Silas da Costa Vaz, que apresentou atestado médico, alegando estar com dengue. O presidente da CPMI, Carlos Viana, declarou que está buscando assinaturas para prorrogar o prazo de trabalho do colegiado, que atualmente se encerra em março de 2026.
