A convocação todo ocorreu depois que Camilo não compareceu à CPMI, evento que gerou polêmica. O relator das investigações dessa fraude no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro André Mendonça, determinou que a participação do investigado nas sessões da comissão seria opcional. Essa decisão não agradou a alguns parlamentares, que consideraram o ato como um desrespeito às obrigações do Parlamento.
O presidente da CPMI, senador Carlos Viana, expressou sua insatisfação ao afirmar que a Constituição já confere aos cidadãos o direito de permanecer em silêncio, e que a legislação que regula as CPMIs não deve ser desconsiderada. Na visão do senador, quando o STF não possui uma decisão clara, não cabe a ele legislar sobre o assunto.
Além disso, o deputado Rogério Correia criticou a postura de Mendonça, lembrando que o ministro havia aceitado a prisão preventiva de Camilo e de Maurício Camisotti, outro suposto envolvido no esquema. Contudo, a prisão do advogado Nelson Wilians, que também é acusado de participação, foi rejeitada. Correia argumentou que as evidências apresentadas pela Polícia Federal demonstram uma clara conexão entre os suspeitos, sugerindo que o pedido de prisão preventiva para Wilians deveria ser reconsiderado.
O deputado anunciou a intenção de apresentar um requerimento ao STF para revisar a decisão sobre a prisão de Wilians, com a proposta sendo votada em uma reunião agendada para o final do mês. Além de Tania e Romeu, também foram convocados outros sócios de Camilo e parentes de indivíduos investigados, como a esposa de Maurício Camisotti, visando aprofundar a apuração das irregularidades.
As investigações continuam a captar a atenção do público e das autoridades, refletindo a complexidade e a gravidade do quadro de fraudes que impacta milhões de beneficiários do INSS em todo o Brasil.