Jucimar Fonseca da Silva é alvo de pelo menos 11 requerimentos de convocação, oriundos de deputados como Zé Trovão (PL-SC), Beto Pereira (PSDB-MS) e da bancada do Novo na Câmara. As investigações da Polícia Federal citam o ex-coordenador como o responsável por ter autorizado e facilitado a operacionalização de descontos em folha, mesmo diante de sinais evidentes de irregularidades. Silva, no entanto, apresentou um atestado médico à CPMI, alegando que não está em condições de depor e deverá ser submetido a uma avaliação médica oficial antes do encontro.
Por outro lado, Thiago Schettini foi convocado por quatro requerimentos, entre os quais se destaca o pedido do deputado Rogério Correia (PT-MG). Correia alega que Schettini atuou como um “facilitador” no esquema de desvio de aposentadorias e aponta que o empresário teria recebido recursos de Antonio Carlos Camilo Antunes, também conhecido como “Careca do INSS”.
A CPMI, que tem como função principal investigar questões pertinentes ao INSS e suas operações, detém poderes semelhantes aos das autoridades judiciais, permitindo convocar depoentes, quebrar sigilos bancários, telefônicos e fiscais, entre outras prerrogativas. O andamento dos trabalhos da comissão promete trazer à tona detalhes cruciais sobre a gestão e os possíveis desvios associados a um dos maiores sistemas de seguridade social do país, que afeta milhões de brasileiros.
A expectativa em torno dos depoimentos é alta, já que revelações podem trazer à luz não apenas irregularidades financeiras, mas também questões éticas e de gestão no setor público. Os desfechos dessas audiências estarão sob a mira da opinião pública e da mídia, dado o impacto significativo que têm na confiança das instituições relacionadas à Previdência Social. A repercussão das investigações e o desdobramento dos depoimentos podem influenciar decisões políticas e sociais relevantes no futuro próximo.
