CAMARA DOS DEPUTADOS – CPMI do INSS ameaça prisão de convocados que não comparecerem a depoimentos sobre fraudes milionárias em aposentadorias até o próximo fim de semana.

CPMI do INSS Ameaça de Prisão Testemunhas que Não Comparecerem a Depoimentos

Em um recente encontro, o senador Carlos Viana, presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, fez um alerta contundente: testemunhas que não se apresentarem para depor até o final deste fim de semana poderão enfrentar pedidos de prisão. Durante a reunião, realizada em 23 de outubro de 2025, Viana enfatizou a urgência da situação, revelando que várias pessoas convocadas têm atrasado suas comparecimentos, mesmo após formalmente terem sido notificadas.

Entre os convocados, o presidente da CPMI mencionou nomes que estão diretamente ligados a um esquema de fraudes que envolve a falsificação de autorizações de idosos. Essas fraudes permitiram que associações e sindicatos descontassem automaticamente mensalidades das aposentadorias e pensões do INSS, utilizando irregularidades nas convocações para obter benefícios indevidos. Num dos casos citados, Mauro Palombo Concílio, contador de empresas sob suspeita, e Vinicius Ramos da Cruz, cunhado do presidente da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer), estão entre os convocados.

“Solicito que os advogados dessas pessoas façam contato com a secretaria da comissão para agendar as oitivas. Se isso não ocorrer até o final do fim de semana, levarei a proposta de prisão temporária à Justiça Federal na próxima semana”, afirmou Viana de forma decisiva. Ele também comentou que outros convocados ainda não responderam às tentativas de contato, sugerindo que a CPMI pode buscar medidas semelhantes contra eles, uma vez que a convocação legal exige que os depoentes compareçam.

O escalonamento da investigação se intensificou desde a Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União em abril de 2025, que resultou em mandados de busca, apreensões e pedidos de prisão. As perdas causadas por esse esquema criminoso são estimadas em R$ 6,3 bilhões, referente ao período entre 2019 e 2024, colocando uma luz sobre a gravidade da situação e a necessidade de respostas eficazes por parte das autoridades.

Sair da versão mobile