Os parlamentares alegam que Chiodini foi neutro nas suas investigações e não responsabilizou os acionistas de referência do grupo Americanas S/A – Carlos Alberto da Veiga Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Hermann Telles. Além disso, eles também culpam os administradores das empresas de auditoria externa PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes LTDA e KPMG do Brasil, bem como instituições bancárias como Banco Santander S/A, Banco Itaú Unibanco S/A e Banco ABC Brasil.
Enquanto isso, o deputado Alfredinho se mostrou contrário à posição do relator, alegando que os acionistas não podem ser apenas considerados vítimas, mas também responsáveis pela gestão da empresa. Ele considera que o relatório oficial apresenta uma neutralidade excessiva. Vale destacar que os votos em separado só serão colocados em votação caso o relatório oficial seja rejeitado.
Chiodini apresentou seu parecer no dia 5 deste mês, propondo quatro projetos de lei voltados para a melhoria da governança corporativa e o combate à corrupção em empresas privadas. Ele defende que seria imprudente incriminar os responsáveis pela fraude sem provas conclusivas e com os inquéritos policiais ainda em andamento.
É importante ressaltar que a fraude contábil causou grandes impactos na empresa varejista, afetando sua saúde financeira e a confiança do mercado. Além disso, acionistas e investidores foram diretamente prejudicados.
A próxima terça-feira, dia 26, será decisiva para a continuidade das investigações e revelará qual será o destino do relatório final. A CPI das Americanas terá a responsabilidade de analisar as argumentações dos deputados e tomar uma decisão que seja justa e coerente com os interesses da sociedade e do país como um todo.
José Carlos Oliveira é o autor desta reportagem e Ana Chalub foi responsável pela edição.