Câmara dos Deputados considera punição “pedagógica” para oposição após ocupação do plenário em protesto contra decisão do STF sobre Jair Bolsonaro.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, do Republicanos da Paraíba, manifestou sua intenção de implementar uma punição “pedagógica” para os parlamentares de oposição que tomaram o plenário da Casa nesta semana. Em uma recente entrevista, Motta qualificou o ato como extremamente grave, insistindo que medidas são imprescindíveis para evitar que situações semelhantes ocorram novamente no futuro. A Mesa Diretora da Câmara se reunirá para discutir o assunto ainda nesta tarde, destacando a gravidade da situação.

Motta não hesitou em afirmar que a oposição ultrapassou todos os limites aceitáveis com sua ocupação, compartilhando a opinião de que este é um sentimento predominante entre os deputados. Ele ressaltou que o incidente é sem precedentes na história legislativa recente, indicando que a Câmara dos Deputados deve manter a ordem e a funcionalidade de suas atividades, mesmo diante de protestos significativos.

A ocupação foi uma reação direta à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que impôs prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Este movimento protesto reflete uma estratégia mais ampla da oposição para pressionar o Congresso, buscando pautas que incluem um pacote denominado “anti-STF”, que contempla, entre outras coisas, a anistia para aqueles condenados durante os tumultos de 8 de janeiro e um pedido de impeachment contra Moraes.

Em contrapartida ao protesto, a Presidência da Câmara prosseguiu com sua agenda, convocando uma sessão deliberativa para a noite de quarta-feira, mantendo assim a rotina legislativa intacta. Este episódio evidencia a polarização atualmente vivenciada no cenário político e legislativo brasileiro, com os ânimos à flor da pele e as instituições em constante vigilância sobre as ações dos representantes. O desdobramento das discussões sobre as punições e as respostas a esses protestos será, sem dúvida, um indicativo do clima político que permeia a Câmara nos próximos meses.

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